sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

um de janeiro. dois mil e onze. o pior de todos os meus anos. na secretaria o espumante. murganheira. foste tu que me ensinaste. um dia. há muitos anos. a garrafa a meio. a vida a meio. ainda. a vida a meio. a vida a meio. queria-a no fim. os gatos nem se ouvem perdidos no esquecimento desta noite que nunca mais acaba. os cigarros gastos no cinzeiro. a memória gasta na dormência do esquecimento. os dedos persistem no teclado. sozinhos. quase autónomos da memória.

queria tanto esquecer. dormir. morrer. adormecer sobre o teclado vivo e eu não.

queria tanto.

Um comentário:

  1. Estou a escrever este comentário três meses depois deste post e espero que hoje o teu astral esteja mais para cima. Então, querida Dulce que ideias cinzentas foram essas?

    Beijos

    Jorge

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